9 de julho de 2011

Relíquias da Morte – Parte 2 encerra a saga Harry Potter com chave de ouro

Último filme do bruxo consegue, em ação, tudo que nenhum outro longa da série alcançou
Beatriz Cioffi, do R7



  Aempolgação é grande, mas a tristeza também tem seu espaço.
É com esses sentimentos que os loucos por Harry Potter entram na sala de cinema para assistir aos últimos momentos da saga do bruxinho mais famoso do mundo, o filme Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2. E o clima não fica retido na bilheteria.
O longa-metragem mais aguardado pela legião de fãs da série não decepciona em nenhum momento. Ao contrário, comove em um ciclo de emoções que parte da saudade que a série cinematográfica – e bibliográfica – vai deixar em muitos, passa pela tensão das batalhas de porte épico que o filme propõe e tem todo seu caminho permeado por cenas de muita melancolia, como toda despedida entre amigos deve ter.
Relíquias da Morte – Parte 2 começa com o trio de protagonistas, Harry (Daniel Radcliffe), Hermione (Emma Watson) e Rony Weasley (Rupert Grint) na caça das horcruxes de Voldemort – objetos encantados pelo bruxo das trevas e que contêm parte de sua alma.
Existem sete objetos enfeitiçados desta forma e os protagonistas sabem o paradeiro de apenas quatro deles.
O tempo para o fim desse quebra-cabeça está se esgotando. Voldemort está prestes a invadir Hogwarts e começar seu massacre. O desespero já tomou conta de todos que ainda tinham esperança de destruí-lo... E todos os “bruxos do bem” já estão preparados para morrer.
E situações extremas como essa afloram nas pessoas seus sentimentos mais profundos, claro.
Quem tem que dizer que ama, diz – é o caso de Neville e sua amada Luna. Quem tem que beijar na boca, beija com vontade – como acontece com Hermione e Rony, para delírio dos fãs que torciam pelo romance. E quem tem que tirar coragem de onde nem imaginou para salvar seus amigos de verdade... tira. E esse é o caso do Harry.
Sim, porque em meio a toda essa choradeira e emoções a mil, não podemos esquecer que tem uma batalha das feias esperando do lado de fora dos portões do colégio mágico.
E a briga, que não passa de um extenso relato no livro (como bem destacou o Daily Telegraph, na primeira crítica feita sobre o filme), quando mostrada no cinema, arrepia os cabelos e deixa o espectador tão tenso, tão tenso... que é como se ele mesmo estivesse participando da luta.
Na versão 3D, o espectador chega até mesmo a desviar a cabeça dos feitiços lançados pelos personagens lá dentro da tela, tamanho é o realismo e a capacidade das cenas de contagiar o espectador.
Tudo tão convincente – imagens e o já consagrado universo criado pela escritora J.K. Rowling – que nem parece que é fantasia!
Cenas de comédia impagáveis também pipocam na telona. Uma delas é quando Hermione fica com aparência da vilã Bellatriz Lestrange, após tomar uma poção polisuco. Incrível a interpretação de Helena Bonham-Carter, toda montada de bruxa má, fazendo direitinho o jeito delicado e tímido de Emma Watson na tela. Para rir e admirar.
Com isso, fãs, não se preocupem: Relíquias da Morte – Parte 2 encerra a saga Harry Potter com chave de ouro.
Por despertar tantos sentimentos juntos ou em sequência vertiginosa no espectador, esse é sem dúvida o melhor filme de toda a série. Em termos de ação, ele consegue tudo aquilo que público sempre esperou, mas que nenhum outro longa do bruxinho conseguiu fazer.
Vale mesmo a fila que certamente vai se formar nas bilheterias dos cinemas.
Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 2 tem duas horas e meia de duração – que passam voando de vassoura, acredite – e chega às salas de todo o mundo na próxima sexta-feira (15).
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2
Direção: David Yates
Roteiro: Steve Kloves
Obra original: J. K. Rowling
Duração: 130 minutos
  


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Com medo da morte e de um massacre que está prestes a acontecer, Harry Potter tira forças de onde não tem para salvar seus amigos (Foto: Divulgação/ Warner Bros.)

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